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CENAS
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Cenas

 

Como escrever cenas envolventes para suas histórias de ficção?

A vida de qualquer personagem oferece uma infinidade de possibilidades para o desenvolvimento de histórias. O trabalho do escritor é selecionar momentos importantes e experiênciassignificativas que, quando organizados em uma sequência de eventos, apresentem artisticamente uma visão de mundo sobre um tema.

Esses eventos podem ser organizados e apresentados na história de duas formas:

SUMÁRIO NARRATIVO

Descrição de um evento, selecionado por um narrador, que compacta ou detalha informações que considera relevantes para o leitor entender e reagir ao que acontecerá na sequência da história. É uma forma de avançar no tempo apresentando apenas informações indispensáveis antes de uma cena, ou de diminuir o ritmo da história para enfatizar detalhes que talvez passassem desapercebidos, além de dar ao leitor a oportunidade de conhecer melhor os personagens.

“Depois de trabalhar doze horas seguidas, Dario decidiu visitar sua mãe no asilo.”

CENAS

Unidades de ação que focam no comportamento dos personagens, dando a sensação de que a história está acontecendo em tempo real. Elas podem desempenhar quatro funções: contextualizar cenário e período da ação; caracterizar personagens e relações; apresentar desejos e motivações dos personagens; ou introduzir, desenvolver ou resolver conflitos.

“Quando Dario tirou os sapatos no final do expediente, ele se assustou com o estado dos seus pés. A dor já nem lhe incomodava mais. Era o vermelho pegajoso das feridas que corroíam as laterais dos dedos e calcanhares que despertaram sua preocupação. Ainda assim, ele decidiu que visitar sua mãe no asilo naquele dia era mais importante do que ir ao hospital”

Cenas são espaços de ação e mudança na vida de personagens. Toda cena em uma história de ficção deve ter uma função e um objetivo claro do que os leitores devem saber, pensar e sentir ao final. Todos os acontecimentos, diálogos, informações e detalhes incluídos devem ser relevantes para a história em algum nível.

Cada cena deve preparar o terreno emocional para a cena seguinte.

Se você quer que o leitor entenda em profundidade a dor de um personagem que perdeu um amigo, por exemplo, antes de mostrar a fatalidade que o matou, escreva cenas mostrando a força da amizade entre os dois.

Assim como qualquer história de ficção, toda cena tem começo, meio e fim. Para definir onde uma termina e uma outra começa, é preciso entender os elementos que a compõe:

Se você está com dificuldades para criar uma cena, escreva um parágrafo respondendo às perguntas acima. A partir daí, avance a história usando doses balanceadas de sumário narrativo e ação em tempo real, não contando o que está acontecendo, mas sim mostrando o que está acontecendo.

Ação não significa necessariamente movimentação física. No contexto de uma história de ficção, o conceito da palavra é mais amplo, representando qualquer informação relevante introduzida no enredo, que crie circunstâncias favoráveis ou desfavoráveis para o protagonista.

Tradicionalmente, uma cena apresentada no primeiro terço da narrativa revela a pergunta principal da história (O soldado vai ganhar a guerra? O rapaz vai se apaixonar pela menina? O mundo vai acabar?). Essa pergunta geralmente aparece em função de um evento que muda a vida do protagonista, ainda que naquele momento ele não tenha consciência desta mudança.

Toda história de ficção é como um quebra-cabeça sem a caixa para mostrar qual será a imagem final.

Cada cena é como uma peça desse quebra-cabeça que dá pistas da figura que será formada. No decorrer da narrativa, o leitor procura encontrar padrões no formato e no conteúdo de cada peça e, aos poucos, fazer sentido da imagem como um todo.

Para avaliar que cenas são necessárias e quais são dispensáveis, é importante que o escritor tenha em mente a imagem final que deseja criar com sua história de ficção. Isso não precisa necessariamente ser planejado antes de se começar a escrever. Essas decisões podem ser tomadas durante o processo de edição e revisão.

Lembre-se que leitor não tem acesso a todas as peças do quebra-cabeça no início da história. É o escritor quem deve orientá-lo, entregando peça por peça, de forma a desenvolver um processo de descoberta interessante e estimulante.

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