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NEUROCIÊNCIA
NEUROCIÊNCIA

Como a neurociência

 

pode ajudar você

 

 

a escrever melhor.

 

Você já parou para pensar nas reações que suas histórias de ficção provocam nos seus leitores?

Não estou me referindo a um sorriso provocado por uma passagem engraçada, ou às lágrimas resultado da identificação com um drama do protagonista. Estou falando das áreas do cérebro do leitor que são estimuladas durante a leitura de cenas de ação, metáforas, e descrições de cenários.

Neurologistas ao redor do mundo vêm investigando este tópico há alguns anos. Suas descobertas podem ajudar você a escrever histórias que, literalmente, estimulem certas partes do cérebro e contribuam para um maior envolvimento do leitor com sua história.

O artigo “A neurociência do seu cérebro na ficção”, publicada no site do New York Times, apresenta as conclusões de estudos que usaram tomografias computadorizadas para investigar as reações cerebrais de uma pessoa durante a leitura de descrições detalhadas, metáforas, ediálogos entre personagens.

Uma das descobertas mais interessantes é que o impacto de certos tipos de frases e palavras vai muito além do simples prazer intelectual.

Inúmeras partes do cérebro são ativadas durante a leitura de uma história, mas não apenas aquelas relacionadas à linguagem, como se imaginava anteriormente. Palavras como lavanda, cinamomo e sabão, por exemplo, provocam respostas em áreas do cérebro relacionadas ao senso do olfato. Metáforas que evocam texturas (voz áspera, pele aveludada) ativam áreas do cérebro relacionadas ao senso do tato. Frases que sugerem ação (Paulo chutou a bola), despertam atividade cerebral na área que coordena os movimentos da perna.

Um estudo também analisou as reações provocadas pelo uso de figuras de linguagem. Os resultados mostram o impacto do uso de clichês em textos ficcionais.

Frases familiares que são comumente usadas (como por exemplo “o véu da noite”) são tratadas pelo cérebro como palavras comuns, e não contribuem para criar uma imagem na mente dos leitores. Outras metáforas mais visuais (“ele tinha mãos de couro”, “a voz de veludo do cantor”) despertam áreas do cérebro relacionada ao senso do tato, enquanto frases com um sentido similar escritas de forma mais literal (“ele tinha mãos fortes”, “a voz agradável do cantor”) não provocam a mesma reação.

Assim como o cérebro responde à representações de odores, texturas e movimentos como se eles fossem reais, as interações com personagens ficcionais também são processadas como algo parecido a encontros sociais.

Ao que parece, o cérebro não faz uma distinção clara entre ler sobre uma experiência e vivê-la de verdade.

Nos dois casos, as mesmas regiões neurológicas são estimuladas. Ler produziria então uma simulação vívida de realidade. É como se a leitura de uma história fosse o equivalente à instalação de um software na mente que, enquanto simula a realidade dos personagens, oferece ao leitor a oportunidade de pegar emprestado os pensamentos e sentimentos dos participantes da história.

Há uma série de áreas comuns do cérebro usadas tanto para entender histórias quanto para interagir com outras pessoas, em especial em situações onde tentamos compreender seus pensamentos, sentimentos, frustrações e motivações.

Alguns pesquisadores sugerem que histórias refinam nossas habilidades sociais e nos ajudam a navegar a complexidade da vida em sociedade. Quem lê ficção seria mais apto a empatizar com outras pessoas e ver o mundo a partir de suas perspectivas.

Todas essas descobertas da neurociência reforçam a importância da escolha cuidadosa de cada palavra usada para construir textos de ficção. 

A conclusão mais importante de todos esses estudos é a confirmação de um fato que já foi descoberto há séculos: as histórias têm o poder não só de nos entreter, mas também de transformar nossas vidas.

 

 

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